quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ACORDO MILITAR BRASIL-FRANÇA


No último dia 7 de Setembro, nós tomamos conhecimento da assinatura de um acordo entre os governos de Brasil e França com a finalidade de aquisição de maquinário e tecnologia francesa para fins bélicos, o chamado projeto H-X BR. O próprio presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi convidado de honra do presidente Luís Inácio Lula da Silva no desfile cívico em comemoração ao dia da Independência, realizado em Brasília. Mas afinal, o que sabemos sobre esse ambicioso projeto, quais são sua vantagens e desvantagens?


O que foi adquirido pelo Brasil?

Neste acordo, o Brasil se comprometeu em adquirir cinquenta helicópteros de guerra de porte médio franceses, quatro submarinos Scórpene convencionais e o que têm chamado mais atenção da imprensa internacional: um submarino nuclear francês. A aquisição deste último, sempre foi de desejo dos militares desde a década de 70, por possuir diversas vantagens em relação aos modelos convencionais. Enquanto os modelos convencionais alcançam uma profundidade máxima de 50 metros abaixo da superfície, o submarino nuclear pode alcançar o dobro. A velocidade do submarino nuclear chega a ser seis vezes maior do que a dos submarinos convencionais, sendo que enquanto os submarinos convencionais precisam retornar a superfície para recarregar seus motores, o submarino nuclear pode permanecer por tempo indeterminado no oceano.


Vantagens técnicas e táticas

Devido aos fatores já citados acima, o submarino do tipo é fundamental para a patrulha do espaço marítimo brasileiro, principalmente após a descoberta do pré-sal, permitindo identificar qualquer ameaça estrangeira a soberania nacional. Além disso, em tragédias, como naufrágios, ou quedas de aeronaves no mar, como o recente episódio do Airbus A380 da Air France, a utilização do submarino nuclear é fundamental para se encontrar qualquer tipo de destroços ou vítimas. Não apenas a aquisição do submarino nuclear, algo que o Brasil ainda não possui é importante, mas também a dos helicópteros e submarinos convencionais. Pelo fato da França fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, a tecnologia utilizada em suas forças armadas é bastante superior e avançada se comparada com a que é empregada atualmente no Brasil.

Com essas aquisições, o Brasil taticamente, entra para o que os pesquisadores estão chamando de ‘‘Pequena Corrida Armamentista Sul-Americana’’. Em uma América do Sul cada dia mais instável, países vizinhos ao Brasil e controlados por extremamente autoritários e descontrolados já assinaram acordos com potências militares. A Colômbia assinou acordo com os EUA. Seus militares estão recebendo treinamento e armas dos norte-americanos, e há especulações sobre a instalação de uma base militar norte-americana em solo colombiano. A Venezuela, de Chávez, fechou acordo, com a Rússia. Helicópteros, tanques de guerra, armas e treinamento vindos de Moscou. Frequentemente, porta-aviões russos fazem manobras militares e simulações no espaço marítimo Venezuelano. E é claro, ensinam tudo para seus seguidores latinos. Em um futuro não muito distante, Equador e Bolívia também assinarão algum tipo de acordo militar. O Brasil não pode ficar a mercê dessas nações. Por esse motivo o acordo foi de importância tática para o Brasil. Tendo armamento e tecnologia de qualidade, qualquer uma dessas nações irá ‘‘pensar’’ bastante antes de tentar ameaçar a soberania brasileira.

Vantagens para o povo brasileiro

Não apenas a política externa brasileira ganha com esse acordo. O povo também ganha bastante. O Brasil está apenas importando tecnologia e equipamentos de patente francesa. A construção e montagem de todos os submarinos (inclusive o nuclear) e helicópteros será toda realizada em território nacional. A construção de um futuro estaleiro em Itaguaí, região metropolitana do Rio, irá começar logo em breve, gerando com isso, diversos empregos diretos e indiretos.

Principais críticas

Dentre as principais críticas feitas ao acordo, estão: custo, tempo de duração do projeto e o questionamento do modelo francês. Quanto ao custo, o valor é bastante elevado, principalmente para um país em desenvolvimento que precisa investir mais em outros setores, como saúde, educação e infra-estrutura. O valor total do projeto, será de € 6,8 bi( cerca de R$ 17 bi). O tempo de duração do projeto também é algo que foi bastante criticado, pois a entrega do primeiro submarino está prevista para 2015, e o final do projeto previsto para 2021. Alguns parlamentares de oposição alegam que em outros países, a construção de submarinos nucleares se deu em tempo bem menor. Além disso, alguns parlamentares também questionam a escolha da tecnologia francesa, alegando que o Brasil já havia recebido proposta dos EUA, China e Alemanha (que possuem tecnologia e arsenal melhor) para realização de tal projeto, porém fechou acordo com os franceses para estreitar as relações comerciais entre os países e ser indicado para um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU

Opinião do grupo

Após a realização deste trabalho, nós chegamos à conclusão de que este acordo é importante para o Brasil. Apesar da França não ser o país com melhor tecnologia e arsenal entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, ainda assim possui tecnologia melhor do que a do Brasil. Um projeto ambicioso, que apesar do seu alto custo, será muito útil para garantir a soberania nacional e para mandar um recado para o resto do mundo, que frequentemente está ursupando as nossas riquezas naturais. Não tentar invadir o nosso território.


Grupo: Pedro, Antônio, Laís Irene, Laís Martins, Bruno e Carlos Vinícius.

1º E.M

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