terça-feira, 15 de setembro de 2009

Circuito de Leitura

LER o mundo para VER a vida!

Diante dos avanços tecnológicos as pessoas, mais precisamente a juventude, têm se distanciado do hábito pela leitura e por isso, deixam de desenvolver em si o gosto por este passatempo tão prazeroso e importante. De maneira nenhuma, podemos crer que as tecnologias serão anuladas em função da leitura convencional, até porque os aparatos tecnológicos abrem espaço para a prática da leitura. Um exemplo disso é a Internet, que hoje, possibilita a qualquer indivíduo que a manipule, visitar qualquer lugar do mundo, consultar bibliotecas, museus, jornais e revistas e assim aproveitar de toda e qualquer possibilidade de leitura.
Contudo, nada pode ou deve substituir o contato com o livro, a gostosa leitura sob a luz do abajur ou sob o frescor da sombra de uma árvore. O manuseio de um jornal logo pela manhã, trazendo as notícias frescas como o pão quente e o café cheiroso sobre a mesa, ou mesmo abrir uma boa revista, companhia ideal para um momento solitário em casa ou mesmo na sala de espera de um consultório.
Entretanto, o aluno é produto de seu meio e de seu tempo. No mundo da tecnologia e da Globalização não existe mais espaço para o ultrapassado, para o obsoleto. Discursos longos e aparentemente vazios já não têm mais significados. As informações chegam hoje, muito rápido às pessoas através de mecanismos altamente modernos, que atualizam as várias informações no momento exato do acontecimento. Esta realidade invade as salas de aula.
Por isso que, saber LER, INTERPRETAR e ESCREVER são competências primordiais que os indivíduos devem adquirir. Sendo assim, a instituição educacional que prima em desenvolver nos seus alunos essas habilidades, certamente estará formando pessoas muito mais capazes de entenderem o mundo que as circunda, posicionando-se diante dele.
Muitas vezes, a concepção equivocada de que a tarefa de desenvolver no aluno a leitura, a interpretação e a escrita é do professor de Língua Portuguesa, dificulta o desenvolvimento pleno do cidadão. Todas as áreas do conhecimento devem estar comprometidas com a leitura, com a interpretação e com a escrita e trabalhar com afinco para o seu desenvolvimento. Este é o caso da Área de Ciências Humanas, que tem nestas habilidades, os pré-requisitos necessários para o seu sucesso.
Diante deste fato e amparados por esta certeza, pensando na necessidade de desenvolver nos alunos o gosto pela leitura e a habilidade da interpretação e da escrita, os Professores Mobilizadores da Área de Ciências Humanas, da Associação Educacional Doutor Paulo Cezar Queiróz Faria, desenvolveram o PROJETO CIRCUITO LEITURA, que tem como engrenagem mestra, o desenvolvimento dessas habilidades, elementos primordiais para o ato da COMUNICAÇÃO efetiva e eficaz.

OBJETIVOS

O presente projeto tem por objetivo levar os alunos a:
- desenvolverem em si, através das atividades de leitura e pesquisa, a AUTONOMIA;
- desenvolverem o hábito da leitura e a habilidade da interpretação e da escrita;
- relacionarem textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estruturação das manifestações;
- compreenderem e interpretarem diversos tipos de textos: literários, informativos, científicos, etc.;
- utilizarem na sua aprendizagem diversos tipos de linguagem escrita, visual e oral;
- aplicarem a interdisciplinaridade;
- desenvolverem o prazer pela leitura e pela escrita;
- respeitarem e preservarem as manifestações da linguagem, utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização;
- valorizarem a memória histórica e o Patrimônio Histórico nacional e internacional;
- desenvolverem a criatividade;
- desenvolverem a apreciação e o prazer pelas Artes.
- aprenderem a relacionar, comparar, definir, conceituar, explicar, argumentar, ilustrar, sintetizar e opinar sobre os conteúdos fornecidos pelos textos, com coerência e coesão;
- buscarem através das leituras, a construção de suas identidades de cidadãos.

O PROJETO

O Projeto CIRCUITO DE LEITURA nasceu pequeno em 2005, pouco pretensioso, mas com grande potencial e um futuro promissor. E se firmou. Hoje está aí, amadurecendo, criando alternativas, se reinventando constantemente, em busca do aprimoramento.
2005, 2006. . . 2007/CANTANDO O BRASIL, 2008/TRAJETÓRIA BRASILEIRA. . .
Em 2009/ROMPENDO FRONTEIRAS, o projeto segue repetindo o padrão das duas edições anteriores, colocando o BRASIL como tema principal. Amparados por uma grande contextualização histórica, procuramos enaltecer a ”Pátria Brasilis”, contudo, não deixando de lado a principal feição do projeto, o seu caráter investigativo e a sua tônica reflexiva e crítica.
1909. . . 2009.
Sempre à frente de seu tempo, Euclides da Cunha já dizia em sua obra “Os Sertões”, que o sertanejo é, antes de tudo, um forte. Ter essa visão e declará-la naquela época, era um ato de coragem e bravura. Época em que a sociedade era tutelada por uma elite agrária, formada por coronéis-fazendeiros, que dominavam não só a economia e a política, como também a vontade do outro.
Euclides da Cunha era um jornalista que retratava os fatos que investigava, de forma muito especial: agregava à sua crítica social extemporânea, as letras poéticas. Trazendo-o à memória, neste ano de seu centenário de morte, as Coordenações das Áreas do Conhecimento, da Associação Educacional Doutor Paulo Cezar Queiroz Fazia, lembraram em seus projetos, este ilustre brasileiro.
O Concurso de Contos Monteiro Lobato, desenvolvido pela Área das Linguagens lembrou, no início do ano, no seu 9º ano de realização, o literato. Traçou um Brasil interiorano ou no máximo provinciano. A visão do brasileiro de costas pro mar e de frente para as montanhas, para o interior, formado de pessoas simples, porém, cheio de cores e riquezas culturais, foi seu alvo.
Agora é a Área de Ciências Humanas que aborda o escritor, na sua porção de comunicador da realidade, divulgador de fatos. Desta vez, o Brasil toma uma amplitude maior. A visão do brasileiro se inverte, de costas para o interior e fitando o horizonte, aberto, cheio de perspectivas.
O Projeto Circuito de Leitura V/2009, lançou o tema ROMPENDO FRONTEIRAS. Nele, a afirmativa de Euclides sobre o sertanejo é ampliada pelo silogismo. Sendo o sertanejo um brasileiro, entendemos que o brasileiro é, antes de tudo, um forte.
Romper Fronteiras pode ser uma ação física, mas no projeto, esta ação vai muito além disso. Romper Fronteiras nesse caso é viajar na imaginação, é extrapolar os limites. É vislumbrar a força do Brasil e do brasileiro, que tem sido cada vez mais reconhecida pelo mundo. Em vários aspectos, o Brasil tem se mostrado Cosmopolita, estando presente, de forma ativa, em várias relações internacionais.
Sendo você um brasileiro, portanto um forte, ROMPA FRONTEIRAS E VIAJE CONOSCO.

Beto Alves
Coordenador de Área


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