domingo, 4 de outubro de 2009

Amazônia e a cobiça Internacional

Amazônia internacional

De tempos em tempos, uma discussão volta ao país: a suposta ameaça de internacionalização da Amazônia. A primeira vez que se falou no assunto foi no século XIX, quando um militar americano reivindicou a abertura do rio Amazonas à navegação estrangeira, despertando ira. A saída da ambientalista Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, em maio de 2008, trouxe o tema de volta. Questionando a capacidade brasileira de zelar pelo riquíssimo patrimônio amazônico, um dos mais influentes jornais do mundo, The New York Times, publicou artigo intitulado "De quem é essa floresta, afinal?". O presidente Lula bradou: "A Amazônia tem dono, e são os brasileiros". Simultaneamente, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) revelou um suposto esquema de venda de terras da região pelo empresário sueco Johan Eliasch, conselheiro do premiê britânico Gordon Brown. Desta vez, a resposta do
governo veio por meio de projeto pretende restringir a atuação de estrangeiros na floresta. Entenda por que o mundo volta seus olhos para a Amazônia e a razão do pânico de alguns governantes.

A COBIÇA INTERNACIONAL
A Amazônia corre sério risco. O Plano Colômbia está em plena execução. Com o pretexto de combate ao narcotráfico, os americanos já estão na parte colombiana da floresta amazônica. Não é de hoje que a rica região amazônica brasileira é alvo da cobiça internacional. A estratégia atualmente adotada pelos "donos do mundo" para conquistar a Amazônia não é pelo confronto direto e sim por via indireta, como, por exemplo, através da demarcação de terras indígenas.
Na realidade, já existem precedentes bem conhecidos por todos nós, brasileiros. Em 1850, os EUA já pregavam a ocupação internacional da região. Em 1930, o Japão defendeu a tese de abrigar naquela área excedente populacionais. Em 1949, a UNESCO sugeriu a criação do Instituto Nacional da Hiléia Amazônica, com funções executivas. Em 1960, o Instituto Hudson defendeu a tese da criação de sete lagos na região. Em 1992, o chamado ECO-92 (Conferência Internacional), realizada no Rio de Janeiro, avançou o processo. A seguir, constatamos a realização, em maio de 1993, de manobras das Forças Armadas dos EUA, a menos de 100 km de nosso território, sob a desculpa de combate ao narcotráfico, ao mesmo tempo em que construíram gigantesca base aérea no Paraguai e adestraram uma divisão especial para combate na selva.
Eliasch é apontado como o maior comprador de terras amazônicas.
Como assim, quem está vendendo o Amazonas para esse pessoal?
Eliasch diz que quer salvar a Amazônia: “ O mundo tem de pagar ao Brasil pelo serviço de proteção da floresta”
A Amazônia não é um fundo de quintal para ser vendido assim! Não é um serviço, é UMA HONRA PARA A NAÇÃO BRASILEIRA.
Não há um único sinal concreto de que uma invasão ou internacionalização seja iminente ou esteja sendo planejada. O fato é que nunca nenhum país ou entidade internacional séria reivindicou direito algum de soberania sobre a Amazônia, e sempre que uma autoridade deu qualquer declaração infeliz sobre o assunto à respectiva diplomacia se encarregou de desmentir. Periodicamente essa questão volta à mídia. Em 2001, por exemplo, circulou pela internet um e-mail segundo o qual um livro didático americano já apresenta a Amazônia como região internacionalizada. O mapa e o texto eram falsos. A maneira como surgiu à teoria de que a Amazônia está prestes a se tornar uma zona de controle internacional monitorada pelos países ricos ilustra bem essa definição.
E o que diz o governo:
“A Amazônia pertence aos brasileiros.” "Há visões da comunidade internacional que defendem a Amazônia como se ela fosse um território da humanidade e não território brasileiro.”
Já os Estados Unidos garante que a Amazônia os pertence: nos livros escolares a Amazônia É DELES!
"A Amazônia é um recurso global, não pertence aos brasileiros..." - diz o famoso presidente dos Estados Unidos.
- Então eles podem entrar e sair das terras Brasileiras assim, extraindo madeira e outros recursos do nosso país?
“Nós somos americanos, da América do Sul!”

Qual a postura das Forças Armadas sobre essa questão?

Sobretudo para o Exército brasileiro, a defesa da Amazônia é uma prioridade indiscutível. Uma pesquisa de VEJA em parceria com a CNT/Sensus revela que 82,6% dos militares acreditam que a Amazônia corre o risco de sofrer uma ocupação estrangeira. Com sua vastidão verde, suas promessas de fartura genética e sua generosa oferta de água doce, a Amazônia é considerada pelos militares um dos grandes "pontos de cobiça" do mundo. A questão é prioridade quando o assunto é a defesa da soberania do país e tropas têm sido, sistematicamente, transferidas do Sul para a região Norte.

Por que a floresta desperta tanta atenção?
A Amazônia é atualmente o mais precioso tesouro ambiental do planeta, com inimaginável diversidade biológica e manancial de água potável. Maior floresta tropical do mundo, ela abriga 15% de todas as espécies de plantas e animais conhecidas. Mas a floresta tem, também, um enorme potencial econômico. Um exemplo: multiplicando o valor de cada minério pelos estoques já medidos no subsolo da Amazônia, excluído o petróleo, tem-se como resultado a impressionante quantia de 7,2 trilhões de dólares. Repita-se: esse é o estoque já conhecido e, segundo os especialistas, há muito mais minérios sob a floresta do que as reservas já registradas.

O governo brasileiro tem sido competente na gestão da floresta?

Não. Quando o assunto é a preservação, a impressão que se tem é de que, em Brasília, sobra discurso e falta ação. Por anos, o governo alardeou a queda do desmatamento. Em 2008, no entanto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelou os números do desmatamento na Amazônia: a devastação havia crescido. O Brasil dispõe da mais moderna técnica de vigilância por satélite para detectar e medir o desmatamento. São dois sistemas, Pordes e Deter, ambos gerenciados pelo INPE. Os dados que os satélites produzem, porém, de pouco servem para reprimir os desmatamentos ilegais. Isso porque o IBAMA conta com apenas 644 fiscais em toda a Amazônia e 4 helicópteros.


Segundo a Professora de Artes, Hachel Pinheiro: se analisamos a questão ambiental e partirmos do pressuposto da falta de zelo dos governantes com a preservação de toda a floresta amazônica, suas riquezas e sua vida, seria então uma solução para problemática, visto que quem paga costuma valorizar o bem de que se apropriou. Porém, o capitalismo desenfreado que os Estados Unidos adota (não somente economicamente, mas quase que como uma questão cultural) seria um fator avassalador para a existência da floresta e de todos os seres que nela habitam. Penso que o caminho seria o devido posicionamento não somente dos governantes, mas também dos brasileiros, patriotas, que deveriam ter a Amazônia não como parte do território brasileiro, mas como um patrimônio de sua responsabilidade, uma herança que nos foi concedida e confiada. Como antes disse o Cacique Seattle, “tudo quanto fere a Terra, fere os filhos da Terra”. Atualmente estamos nos auto-mutilando.

Bibliografia

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/amazonia-internacional/index.shtml
http://www.novomilenio.inf.br/humor/0111f002.htm
http://portalamazonia.globo.com/pscript/amazoniadeaaz/artigoAZ.php?idAz=363
http://www.suframa.gov.br/fiam/2009/
http://images.google.com.br/images?client=firefox-a&rls=org.mozilla:pt-BR:official&channel=s&hl=pt-BR&sourc

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