segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Brasil e as Energias Renováveis

Equipe: David, Diego, Felipe, Mario Cláudio e Daniel
Professor: Beto Alves
Disciplina: História
Série: 3° E.M.

1.Introdução
“Será possível que as energias renováveis ultrapassem os combustíveis fósseis em termos de fonte primária de energia até ao final do século XXI?”
As Energias Renováveis – ER – serão abordadas numa perspectiva de um conhecimento integrador na problemática das Alterações Climáticas.
Os bens naturais são as fontes de riqueza materiais que o homem dispõe para satisfazer as suas necessidades sempre em mudança, e são avaliados de acordo com as utilizações que as sociedades fazem deles. O homem procura tirar deles as maiores vantagens e, com o seu engenho – tecnologia – aproveitá-los o melhor possível, tornando-os recursos. Se, por um lado, é indubitável que os recursos naturais têm uma importância vital em si mesmos, por outro, devem ser considerados como uma “recompensa” pela capacidade do homem os localizar, os extrair e deles usufruir. O aproveitamento dos recursos depende de numerosos fatores, entre os quais a existência de procura, de meios de transporte adequados, do capital disponível, da qualidade e da quantidade dos próprios recursos e em especial da tecnologia que transforma os bens em recursos naturais.
A história diz-nos que conforme a evolução tecnológica e o desenvolvimento das sociedades vão surgindo a emersão de novas fontes de energia e novas formas da sua exploração. Antes da Revolução Industrial, séc. XVIII existiam as energias renováveis exploradas com tecnologias rudimentares, com a 1ª Rev. Ind., ocorreu a descoberta do carvão associado à máquina a vapor; no séc.XIX ocorre a 2ª Rev. Ind. com a descoberta dos princípios da termodinâmica, evolução dos transportes, surge o petróleo e gás natural; em meados do séc. XX, com a 2ª Guerra Mundial, surge a energia atômica, mais tarde a informática, robótica que em conjunto dão origem à 3ª Rev. Ind. nas últimas décadas do séc. XX. Atualmente, o emergir das renováveis exploradas com tecnologia sofisticada revelam indícios de nova reestruturação.
À medida que os recursos, como o petróleo, se forem tornando menos disponíveis e mais caros, o homem terá de optar cada vez mais pelos recursos energéticos alternativos e renováveis, como a água, o vento, as ondas do mar, a energia solar, recursos estes inesgotáveis.

2. O que são as Energias Renováveis?
Entende-se por: “Energias renováveis são todas aquelas formas de energia cuja taxa de utilização é inferior à sua taxa de renovação. As suas fontes podem ter origem terrestre (energia geotérmica) gravitacional (energia das marés) e solar (energia armazenada na biomassa, energia de radiação solar, energia hidráulica, energia térmica oceânica e energia cinética do vento e das ondas). Também são consideradas fontes de energia renovável os resíduos agrícolas, urbanos e industriais.”


3. Evolução da oferta e da procura das energias renováveis – ER
A procura das energias renováveis evoluiu ao longo do tempo, segundo a evolução tecnológica das sociedades. A biomassa (lenha), principal fonte energética da sociedade agrícola tradicional, vê diminuído o seu consumo/procura, a partir do séc. XVIII, substituída pelo carvão com a Rev. Ind., no dito 1º mundo; no séc. XIX com a descoberta do petróleo e gás natural, essa diminuição acentua-se, dando lugar mais tarde (meados do séc.XX) à dominância do petróleo como fonte energética. A partir das crises petrolíferas nas décadas de 70 e 80 (séc. XX), emergem novas técnicas de exploração das energias renováveis com desenvolvimento continuado projetado para o futuro. A percentagem das novas renováveis atualmente ainda é baixa, mas muito importante, prevendo-se um aumento gradual, de forma que os cenários de futuro, apontam a sua dominância a partir de 2050 (ver gráficos de cenários mais à frente).
Atualmente, estima-se que aproximadamente um terço da população mundial não tem acesso à energia elétrica e, mesmo em sociedades mais industrializadas, com padrão de vida melhor, ainda coexistem formas rudimentares de transformação e uso da energia (renováveis).
A produção mundial de energia, em 1997, segundo os dados da Agência Internacional de Energia, somou o equivalente a 9,5 mil megatoneladas de petróleo, dos quais 86,2% são provenientes de fontes não renováveis – carvão, gás natural e petróleo. As reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos; as de gás natural, um pouco mais de 100 anos; as reservas de carvão, aproximadamente 200 anos. Embora tenham uso crescente, as fontes renováveis, aquelas que podem se renovar espontaneamente (água, sol e vento) ou por medidas de conservação (vegetação) – são responsáveis por apenas 13,8% do total produzido. (Id.).



Pelo seu menor teor de poluição, o gás natural apresenta atualmente o maior crescimento de consumo entre os combustíveis fósseis. Embora a queima do gás, como o carvão e o petróleo, resulte em dióxido de carbono, prejudicial à camada de ozônio, o seu percentual poluente é menor.

A População mundial e as necessidades energéticas
Com base em estimativas razoáveis, a população mundial atingirá 10 bilhões de pessoas em meados do século XXI.
Atualmente a população mundial ronda os 6 bilhões de habitantes, sendo que as maiores taxas de crescimento se localizam nos países em vias de desenvolvimento, pois estes encontram-se na fase de transição do modelo demográfico, ver gráfico que se segue (Modelo de evolução demográfica).


4. Disponibilidades e problemáticas das várias energias renováveis
Segundo Wolfgang Palz no seu livro Energia Solar e Fontes Alternativas, a energia solar recebida pela terra a cada ano é dez vezes superior a contida em toda a reserva de combustíveis fósseis. Mas, atualmente a maior parte da energia utilizada pela humanidade provém de combustíveis fósseis - Petróleo, carvão mineral, xisto etc. A vida moderna tem sido movida a custa de recursos esgotáveis que levaram milhões de anos para se formar. O uso desses combustíveis em larga escala tem mudado substancialmente a composição da atmosfera e o balanço térmico do Planeta provocando o aquecimento global, degelo nos pólos, chuvas ácidas e envenenamento da atmosfera e todo meio-ambiente. As previsões dos efeitos decorrentes para um futuro próximo, são catastróficas. Alternativas como a energia nuclear, que eram apontadas como solução definitiva, já mostraram que só podem piorar a situação. Com certeza, ou buscamos soluções limpas e ambientalmente corretas ou seremos obrigados a mudar nossos hábitos e costumes de maneira traumática.
As reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos; as de gás natural, um pouco mais de 100 anos; as reservas de carvão, aproximadamente 200 anos.
A utilização das energias renováveis em substituição aos combustíveis fósseis é uma direção viável e vantajosa. Pois, além de serem praticamente inesgotáveis, as energias renováveis podem apresentar impacto ambiental muito baixo ou quase nulo, sem afetar o balanço térmico ou composição atmosférica do planeta.
Graças aos diversos tipos de manifestação, disponibilidade de larga abrangência geográfica e variadas possibilidades de conversão, as renováveis são bastante próprias para geração distribuída e ou autônoma. O desenvolvimento das tecnologias para o aproveitamento das renováveis poderão beneficiar comunidades rurais e regiões afastadas bem como a produção agrícola através da autonomia energética e consequente melhoria global da qualidade de vida dos habitantes.

5. Competitividade e inovação tecnológica nas energias renováveis

Verifica-se que o ritmo de evolução da tecnologia é mais elevado do que o ajuste da reorganização da sociedade face às inovações. Pois as energias renováveis, para serem utilizadas de uma forma rentável, generalizada, competitiva com as outras energias fósseis dominantes, exigem uma reorganização de infraestruturas na forma de organização da sociedade. As energias renováveis quase que têm o dom da ubiquidade, estão distribuídas de uma forma mais equitativa a nível global; o que não acontece com as fósseis e que favoreceram o desenvolvimento dos grandes aglomerados populacionais, urbanos e industriais, ultrapassando os limites das vantagens em termos, pelo menos, de qualidade de vida.

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