segunda-feira, 12 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO X VIOLÊNCIA

A educação pode ser remédio contra a escalada da violência e da criminalidade? A resposta dos especialistas entrevistados pelo Universia é clara. Sim, é possível, desde que haja uma transformação na linha pedagógica e no próprio processo de ensino, e que a própria educação seja utilizada não apenas como uma forma unilateral de se transmitir conhecimento, mas de formar cidadãos. Conforme os entrevistados, dar às crianças e jovens acessos contínuos à educação é um dos fatores que diminuem as estatísticas de criminalidade e reduzem a incidência de casos de violência de qualquer espécie.
Mas frisam também que ela, sozinha, não pode resolver todos os problemas. "A educação é fundamental na melhora da qualidade de vida de um indivíduo, mas não pode ser considerada um elemento redentor. Existe uma percepção errada em nossa sociedade de que, quando todo o resto falha, a escola tem de resolver. A maioria dos casos de violência dentro das escolas reflete apenas um problema trazido de fora", opinou o pesquisador do Crisp/UFMG (Centro de Estudos de Criminalidade da Universidade Federal de Minas Gerais), Robson Sávio Reis Souza.
O psicólogo e pesquisador do Núcleo de Estudos de Violência da USP (Universidade de São Paulo), Renato Alves, concorda e vai além: "A violência está espalhada na sociedade, já é cotidiana. A escola é apenas mais um cenário. A educação, para atuar como elemento de correção, precisa estar encaixada dentro de políticas públicas estruturadas, que envolvam o acesso das pessoas à saúde, ao trabalho, à cultura, ao esporte. A educação, sozinha, não dá conta da violência", diz. Com pesquisas de campo em colégios da periferia das zonas Leste e Sul da cidade de São Paulo, com destaque para o Jardim Ângela, o pesquisador da USP revelou que, em conversas com gestores, docentes e alunos, duas constatações sempre eram tiradas: ou a escola era violenta demais ou não existia nenhum indício de violência no local, apenas eventos esporádicos. À conclusão de Alves segue uma terceira via: A escola nada mais é do que o reflexo da própria comunidade onde está instalada.
Renato Alves, da USP, conclui que é simples: "a escola, por si só, é um espaço tumultuado de troca de experiências e culturas. Mas, também, tem de ser entendido como um espaço de socialização, e seu papel é ensinar às crianças a respeitar essas diferenças, o espaço dos outros, o que passa pela mudança nas linhas pedagógicas adotadas atualmente". A companhia de dois colegas do Núcleo - criado em 1987 pela instituição de ensino -, ele se prepara para lançar, no próximo dia 8 de maio, o livro "Violência na Escola". "Elaboramos a obra pensando justamente em estratégias de como a educação pode conter a violência", explicou Alves. Ficamos, assim, diante de uma opinião contrária se a escola é um reflexo de uma sociedade violenta e, sozinha, não tem muito como contribuir, como justificar a idéia de que a educação pode funcionar como um antídoto para isso?

A solução para acabar com a violência é ter AMOR a DEUS, a si mesmo e ao próximo !

TITÃS

O movimento começou, o lixo fede nas calçadas.
Todo mundo circulando, as avenidas congestionadas.
O dia terminou, a violência continua.
Todo mundo provocando todo mundo nas ruas.
A violência está em todo lugar.
Não é por causa do álcool,
Nem é por causa das drogas.
A violência é nossa vizinha,
Não é só por culpa sua,
Nem é só por culpa minha.
Violência gera violência.
Violência doméstica, violência cotidiana,
São gemidos de dor, todo mundo se engana...
Você não tem o que fazer, saia pra rua,
Pra quebrar minha cabeça ou pra que quebrem a sua.
Violência gera violência.
Com os amigos que tenho não preciso inimigos.
Aí fora ninguém fala comigo.
Será que tudo está podre, será que todos estão vazios?
Não existe razão, nem existem motivos.
Não adianta suplicar porque ninguém responde,
Não adianta implorar, todo mundo se esconde.
É difícil acreditar que somos nós os culpados,
É mais fácil culpar deus ou então o diabo.

“O crime é venerado e posto em uso por toda terra,
De um pólo a outro se imolam vidas humanas.
No reino de Zópito os pais degolam os próprios filhos,
Seja qual for o sexo, desde que sua cara não lhes agrade.
Os coreanos incham o corpo da vítima a custa de vinagre
E depois de estar assim inchado, matam-no a pauladas.
Os irmãos Morávios mandavam matar com cócegas''

* Fragmentos de "Dissertação do Papa sobre o crime seguido de orgia'' (Marquês de Sade)
Seleção: Branco Mello

Professora: Cássia

Série: 6º Ano Escolar

Alunos:
Iasmim
Ana Julia
Luiz Fernando
Luiz Carlos
Fillipe

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